Fala um pouco sobre a saudade. Apesar do texto estar mais relacionado a um tipo de saudade daquilo que passou rápido, vale para tentar moldar a saudade do que sinto... Eis o texto:
Todo mundo sabe daquele papo de que morar no exterior é uma experiência para a vida toda, é ótimo para amadurecer e aprender a se virar com o que temos. E uma coisa que percebi que carregamos sempre com a gente é a tal da saudade.
Mesmo que você viaje a passeio para algum lugar distante, a saudade vai bater. Saudade das caminhadas infinitas, das ruas desconhecidas, da cama do hotel, do café da manhã no restaurante, das curiosidades do lugar, das lojas diferentes, da conversão dos preços, da tentativa de se comunicar em outra língua, saudade do incomum.
Depois de um certo tempo nesta vida de turista, você já está com saudade de casa, do cachorro, do gato, da sala, dos filmes do final de semana, dos amigos, da família, do sofá. Tendo a realidade de volta, as lembranças daquela viagem maravilhosa não demoram muito para dar o ar da graça. Em cada fotografia você vê um filme passar na sua cabeça, lembrando o que foi feito naquele dia, as pessoas que conheceu e até mesmo o que comeu.
O pensamento que normalmente vem à tona depois que tudo passa é: eu poderia ter aproveitado mais. O fato é que nunca conseguimos aproveitar o suficiente, nunca estamos satisfeitos com tudo que foi feito em uma viagem. Sempre vai ter aquele pedacinho da cidade que não conseguimos visitar e pode até ser o motivo para uma possível volta no futuro. Já são planos para ocupar a cabeça.
A melhor coisa a se pensar é que não estamos deixando um lugar com um ponto final na história que fizemos nele. Mesmo que esta história seja somente um verso, e não um livro. Sempre poderemos voltar para completar um parágrafo ou uma frase que foi interrompida. A vida é para ser vivida e devemos aproveitar o presente da melhor maneira possível. Use caneta colorida, papel com cheiro de morango, não importa. Mas escreva a sua história. Fica a dica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário