História do 8
de março
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma
fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram
uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores
condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez
horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários
com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um
homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do
ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total
violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada.
Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente
desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma
conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia
Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em
1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada
pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Em todo o mundo, as mulheres são lembradas, neste dia, de forma especial, porém a maior parte das celebrações não interferem, de fato, na dura realidade dessas mulheres.
Vejamos alguns exemplos aqui no Brasil:
• As mulheres são, hoje, 30% dos chefes de familia,
mas ganham, em média apenas 65% do valor dos salários dos homens.
• A situação das mulheres negras é ainda pior, pois chegam a receber salários
que representam a metade do valor recebido pelas mulheres brancas.
• Além dessas condições a que estão submetidas, muitas mulheres fazem a dupla jornada de trabalho, porquanto assumem, além do emprego fora de casa, a responsabilidade toatal pelas tarefas domésticas e o cuidado aos filhos.
• Ocorrem 4 milhões de abortos por ano, dos quais 10% das mulheres que o fazem,
morrem em consequencia das precarias condições nas quais os mesmos são feitos.
• A cada 4 minutos uma mulher é vitima de algum tipo de agressão em distintas classes sociais.
São fatos como esses que fazem desse dia um dia de luta, para que a
diferença biológica que destingue um homem de uma mulher não seja justificativa
para a intolerância, a opressão, a desigualdade de direitos e diferentes formas
de violência a que as mulheres são submetidas.
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