O colégio de 115 cardeais se reuniu durante menos de dois dias na Capela Sistina, realizando quatro votações. Na missa que antecedeu o conclave, no dia 18, o influente cardeal havia pedido aos demais que elegessem um papa capaz de defender a doutrina da Igreja Católica de ameaças como "a ditadura do relativismo, que não reconhece nada como definitivo, exceto os próprios desejos egocêntricos e que, para muitos, é a única atitude aceitável nos tempos atuais".
Na ocasião, ele também atacou o marxismo, o liberalismo, a libertinagem, o coletivismo, o individualismo radical, o ateísmo, as seitas e o "vago misticismo religioso". "O mundo precisa de um novo pastor que nos guie para o conhecimento de Cristo, para o seu amor, para a felicidade verdadeira", disse Ratzinger em suas últimas declarações antes de se tornar o novo sucessor de Pedro.
O cardeal alemão foi um estreito colaborador de João Paulo II e era considerado um candidato da continuidade pelos analistas. Trata-se de um "homem forte" da ala conservadora da Igreja, com uma postura intransigente em temas como aborto, divórcio, anticoncepcionais ou o acesso das mulheres no sacerdócio.
Seus principais oponentes eram os italianos Dionigio Tettamanzi e Carlo Maria Martini, de uma ala conservadora moderada, embora nunca tenha havido candidatos óbvios.
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