terça-feira, 19 de abril de 2005

Habemvs Papam


O cardeal alemão Joseph Ratzinger, presidente do Colégio Cardinalício, de 78 anos, foi eleito hoje o 265º Papa da história da Igreja Católica. Ratzinger, que já era cotado por analistas como um dos favoritos, deve dar continuidade ao conservadorismo do Pontificado de João Paulo II. Ele escolheu o nome de Bento XVI.

O colégio de 115 cardeais se reuniu durante menos de dois dias na Capela Sistina, realizando quatro votações. Na missa que antecedeu o conclave, no dia 18, o influente cardeal havia pedido aos demais que elegessem um papa capaz de defender a doutrina da Igreja Católica de ameaças como "a ditadura do relativismo, que não reconhece nada como definitivo, exceto os próprios desejos egocêntricos e que, para muitos, é a única atitude aceitável nos tempos atuais".

Na ocasião, ele também atacou o marxismo, o liberalismo, a libertinagem, o coletivismo, o individualismo radical, o ateísmo, as seitas e o "vago misticismo religioso". "O mundo precisa de um novo pastor que nos guie para o conhecimento de Cristo, para o seu amor, para a felicidade verdadeira", disse Ratzinger em suas últimas declarações antes de se tornar o novo sucessor de Pedro.

O cardeal alemão foi um estreito colaborador de João Paulo II e era considerado um candidato da continuidade pelos analistas. Trata-se de um "homem forte" da ala conservadora da Igreja, com uma postura intransigente em temas como aborto, divórcio, anticoncepcionais ou o acesso das mulheres no sacerdócio.

Seus principais oponentes eram os italianos Dionigio Tettamanzi e Carlo Maria Martini, de uma ala conservadora moderada, embora nunca tenha havido candidatos óbvios.

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